terça-feira, 29 de setembro de 2009

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Da solidão. “Solidão é o caminho para o qual o destino quer atrair os homens. Solidão é o caminho que o homem mais teme. Lá estão os terrores, as serpentes e sapos. Lá nos espreita o terrível”. Palavras de Hermann Hesse, em Sobre a guerra e a paz. Mesmo os peregrinos e os eremitas, que aparentemente buscam a solidão, na verdade, fogem dela. É que, indo ao deserto – a procura de Deus, ou de si mesmos –, eles procuram por aquilo que é maior do que eles mesmos, do que todas as multidões. E o que é mais, para você, do que você mesmo? Depois de você, e para quem tem fé, só Deus. Aí cabem todas as multidões. O amor à solidão é, assim, um contra-senso
. No final, todo mundo está só. Os terrores, as serpentes, os sapos e o terrível são inevitáveis.

Um comentário:

  1. Há uma tristeza declarada nesse texto! Shakespeare diz: Se você se sente só é porque ergueu muros em vez de pontes. Será? Já Drumond diz: Há certo gosto em pensar sozinho. É ato individual como nascer e morrer. O texto diz: No final, todo mundo está só. Então, nesse caso a solidão é inevitável!?

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