sábado, 21 de novembro de 2009

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Das antinomias. “Amor é a coisa mais alegre / amor é a coisa mais triste / amor é a coisa que mais quero” – dito pela Adélia no início de O sempre amor, poeminha do livro Bagagem, de 1976 - livro de estréia dela, apadrinhada pelo Drummond. O eco com um textinho de Nietzsche em sua Zur Genealogie der Moral. Eine Streitschrift, escrito em 1887, é evidente – mesmo que ela não o soubesse: “O homem, o animal mais corajoso e mais habituado ao sofrimento, não nega em si o sofrer, ele o deseja, ele o procura inclusive, desde que lhe seja mostrado um sentido, um para quê no sofrimento.” Nada, no fundo, é lá assim tão sem propósitos. Despropósitos, mesmo, é só uma palavra bonita a enfeitar uns poemas do Manuel de Barros, adorável.

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patativa moog, amor, filosofia, felicidade, paixão, desejo