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Das flores dadas e dos galanteios. As rosas – sim, as rosas! – são representações festivas das mentiras do amor romântico: de quem às dá e de quem às recebe. As rosas, que a ninguém pertencem, são dadas apenas àquele ou àquela que pensa em dá-las. Flores, quaisquer que sejam, são símbolos do sexo feminino, fecundo – como na animação para a música “What shall we do now?”, no filme Pink Floyd: The Wall, de 1982 (dirigido por Allan Parker e baseado no álbum homônimo da banda inglesa), onde um botão, em seu talo, acaricia uma flor aberta, com quem copula; e depois, por ela, é devorado. Eros e Thanatos. O botão, fechado e em riste, simboliza o órgão masculino; a flor, mais fácil de ver ainda, é uma vagina. O órgão masculino, após o coito, morre; o feminino, diferentemente, como o filme nos faz ver, não... é uma máquina. O que isso nos diz? Que a morte, por fim, tem mais vida - o paradoxo é inevitável - do que o amor. Assim, e sem muitos enfeites ou florilégios, o moço ou a moça que dá flores a outrem está dizendo àquele ou àquela que as recebe: “Meu bem, me coma”, ou: “permita-me!” Dar flores, gesto dos mais obscenos.
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Das flores dadas e dos galanteios. As rosas – sim, as rosas! – são representações festivas das mentiras do amor romântico: de quem às dá e de quem às recebe. As rosas, que a ninguém pertencem, são dadas apenas àquele ou àquela que pensa em dá-las. Flores, quaisquer que sejam, são símbolos do sexo feminino, fecundo – como na animação para a música “What shall we do now?”, no filme Pink Floyd: The Wall, de 1982 (dirigido por Allan Parker e baseado no álbum homônimo da banda inglesa), onde um botão, em seu talo, acaricia uma flor aberta, com quem copula; e depois, por ela, é devorado. Eros e Thanatos. O botão, fechado e em riste, simboliza o órgão masculino; a flor, mais fácil de ver ainda, é uma vagina. O órgão masculino, após o coito, morre; o feminino, diferentemente, como o filme nos faz ver, não... é uma máquina. O que isso nos diz? Que a morte, por fim, tem mais vida - o paradoxo é inevitável - do que o amor. Assim, e sem muitos enfeites ou florilégios, o moço ou a moça que dá flores a outrem está dizendo àquele ou àquela que as recebe: “Meu bem, me coma”, ou: “permita-me!” Dar flores, gesto dos mais obscenos.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirHuahuahuahuahuahua!... Que absurdo, Patativa! Mas me diz uma coisa: desenhos de flores também têm o mesmo significado?! Porque eu adoro desenhá-las e mandar pros meus amiguinhos do msn...(rs)
ResponderExcluirUm beijo pra você!
Vejam o filme citado aqui: http://www.youtube.com/watch?v=RXr_pJXKQAY
ResponderExcluirEu gostei. Creio que realmente há essa associação entre flores e o sentimento,entre o querer dar e o querer receber.A flor,em si,vive esse ciclo do se permitir todo dia ne,qdo se fecha à noite e se abre durante o dia. =)
ResponderExcluirMuito, muito, muito sentido...
ResponderExcluirheheheh...
Amei!!!
Seguindo...